quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Guerra.


O amor é um sentimento dúbio? Como tentar controlá-lo ou exigi-lo que o outro sinta? Não iniciarei aqui uma série de dúvidas que permeiam a minha cabeça diariamente e me deixam confuso com o que sinto ou o que eu faço. A relação de dependência que criamos depois de anos de relacionamento colocam em xeque o que realmente importa. Humilhações vieram de todas as formas e partes. Guerras foram iniciadas. Traumas forma formados. E agora?

É estranho dizer que o amor visivelmente existe, mas a paixão não. Aquele calor do primeiro ano onde o sexo ditava as regras, hoje não passa nem brisa. Isso é reversível? Acredito que não. Então já não é formada uma relação de amor carnal e sim companheirismo.

Existe um elo, um karma que liga ambas as partes. Claro que não posso falar do outro lado, mas de um existe sim uma vontade inverossímil de estar junto, construir juntos e lutar por aquilo que se tornou a principal preocupação de vida. As afinidades são claras e o medo também. Tentar de novo já não é mais uma opção. Transformar sim, mas em que?

Penso que ao invés de jogar tijolos um contra o outro, deveríamos pega-los e construir a nossa fortaleza. Cafona sim, assumo, mas o mundo não está para brincadeira. É um medroso egoísmo pensar que podemos segurar alguém para a vida inteira. A vontade existe mas o amor próprio tem prioridade nessas horas. O feeling de que tudo ficara bem não é parâmetro para ação.

O momento agora pede cuidado com o coração. De resto é unir forças e deixar que o tempo dite o que realmente acontecerá, sem brigas e sem confusões. Apenas com a certeza que existe uma batalha para ser vencida e que um precisa sim do outro. Minha arma está apontada para lutar, não contra um relacionamento - que é lindo, mas contra uma moléstia que vai tentar, mas não vai conseguir me vencer.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Somatização.

O que há de errado conosco quando estamos em uma ótima posição favorecida pela idade, pelos atributos físicos e mentais e pelo meio que nos rodeia e mesmo assim ainda figuramos como a escória de uma sociedade. Essas aparências, mesmo que não propositais, afligem o ego e o torna petrificado, limoso e fétido, o que acaba refletindo no relacionamento.

Mas o que fazer, ou ao menos, qual é a explicação para tudo isso? A verdade é crua e apreensiva: o ciúmes de forma possessiva. A imaturidade misturada com uma infância mimada leva a pensarmos que tudo aquilo que amamos e que nos ama, nos pertence, e que o outro lado não tem motivos para duvidar disso. Mas ao mesmo tempo, olhando por cima do episódio, constatamos que as gritarias, os escândalos e as lágrimas não passam de pura canastrice, quando na verdade, o que temos em mãos é puramente o desejo compartilhado e a vontade de estar ao lado do outro, sempre.

Assim, controlar a vida de outra pessoa que não seja a sua é uma tarefa complicada e egoísta. A dificuldade é agir de forma madura sem machucar o coração. Possível? Improvável, mas temos que lidar com isso se quisermos ser felizes no relacionamento. Por isso, questões como sexo presente, ou maior presença afetiva – essenciais e óbvias em começos de namoro – e que se evanescem de acordo com o tempo da relação, podem passar a ser não tão notórias se você passar a se auto-valorizar mais.

São ingredientes simples, trabalhados em conjunto, mas que fazem com que as coisas funcionem. Não adianta lamentar pelos cantos ou somatizar tudo e ficar ressentido sem a outra metade de você saber qual é a razão. Leve em conta os pequenos gestos, e faça tudo dar certo, os frutos serão colhidos no futuro, pelos dois, acredite.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Trena.


Seria muita infantilidade fazer comparações e medir sentimentos alheios em um relacionamento? O que fazer quando a paixão de ambos realmente acaba e se transforma em um amor cruel, que machuca, mas que também é de um carinho indispensável e que faz um bem diário como nenhum outro? A questão é conviver e lutar para que cada dia ao menos termine de forma gostosa, com ambos abraçados embaixo de um edredom, adormecendo após um sincero beijo de boa noite.

E como controlar o ciúmes? Como entender (e lidar com) o cansaço sexual que nunca apareceu no relacionamento? Ou a insistência de fazer com que o relacionamento sofra aberturas que fogem dos padrões éticos, mesmo que tais padrões, hoje em dia, sejam de total hipocrisia? As respostas estão em um trabalho mental profundo e que deve ser feito por ambos. Se a paixão de outrora terminou, reascenda sempre, a tentativa é sempre honrosa, sem se deixar levar por abusos e insistências, até porque se uma cama é dividida por dois, as opiniões e os anseios que permeiam o relacionamento, também devem ser compartilhados mutuamente.

Ciúmes é normal, mas pode soar anormal. Controlar este sentimento é o melhor a se fazer para que a insanidade não tome o lugar da seriedade e uma gota não se transforme em uma enchente sem verdadeiros motivos. Paz interior, confiança e sinceridade são peças-chaves para que realmente aconteçam coisas boas. A confiança é a base de tudo, é a base do acreditar, do amar e do sentir. Por isso, em uma relação complicada como esta, regras devem ser feitas e mantidas, isso é crucial e é o que rege respeito mútuo entre o casal. Não condene idade ou vivência, até porque, isso não está interligado. Não ache você que já viu de tudo nesta vida, que sabe qual é o limite do sofrimento ou que seus problemas são maiores, isso é mesmo irrelevante. Com coração alheio não se brinca. Dor de amor não é invenção e muito menos frescura, é sim uma doença que machuca, que deprime, que tira fome e sede e que nos faz sentir do otário ao horroroso em questão de milésimos.

A abertura, quando não feita de livre e espontânea vontade por ambos (no caso, por apenas um), é um artifício que faz sangrar, um sacrifício feito meramente para encorajar o outro a estar do seu lado. Mas existem regras a serem seguidas, e as regras não podem ser quebradas, por que aí entramos em um outro dilema, bem mais sinistro e lamentável, que é o respeito que não existirá mais e a confiança que será dissipada, assim, o fim é o melhor caminho, e será um fim triste, um fim doloroso e que deixará cicatrizes inoperáveis. Portanto, estamos vivendo um paradigma em que o termino não existe, por isso não adianta fazê-lo toda semana. No contexto em que estamos inseridos, o fim, se vier, virá pelo desgaste de ambos, e aí sim se terá um acordo e um possível relacionamento fraternal, ou um fim desnecessário, já vivido por ambos e por isso o desejo de repeti-lo é puramente inexistente.

Contudo, aproveite cada segundo, busque o sorriso que fez o amor acontecer. Dê várias risadas acompanhadas de fumaça, não somatize, não jugue, não jogue, beije muito, transe muito mais. Os dois têm noção de que o que sentem é verdadeiro e recíproco. Faça acontecer e dar certo, não use a trena, porque isso não se mede, se vive até o fim chegar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Casamento.

Não tão recente, o casamento perdeu o brilho e a durabilidade de outrora, o que é um avanço na sociedade, pois ambas as partes, companheiro e companheira (o), podem – em grande parte das vezes – optar por escolher o caminho que melhor lhe faça bem.

Há vários tipos de casamento, entre eles, os que acontecem de forma precipitada e instantânea. São àqueles que não passam sob nenhum passo, que não seguiram nenhuma direção. Sofreram um fabuloso namoro por um determinado tempo e juntaram o que seriam os trapos para uma possível vida feliz. Pois sim, essas relações são extremamente perigosas, o alto índice é de que ambas partes se machuquem, ou ao menos uma delas. Existe amor? Ótimo, mas saiba que o amor e o ódio andam muito perto.

Viver sobre o mesmo teto, dividir a mesma cama e os mesmos ambientes, trazem a tona realidades que nenhuma das partes estavam acostumadas ou desconheciam no parceiro. São duas pessoas, dois passados, dois signos, duas personalidades – querendo ou não – completamente diferentes. Assim, sem uma administração, lágrimas acontecem aos montes, arrependimentos, brigas que não vão levar a lugar nenhum e duas caras feias que não suportam mais a pessoa ao seu lado. Triste né? Até porque, esta pessoa que você, provavelmente, vai odiar daqui a um tempo, conhece cada detalhe seu, cada sentimento puro – e impuro. Sabe o que você quer expressar com determinada face ou tons de voz, entre outras intimidades que esta pessoa que você tanto odiará saberá lidar como ninguém. É uma conseqüência lamentável e que pode ser evitada.

E como fazer isso? É uma questão que é pautada trilhões de vezes no mundo, mas um caminho básico é seguir algumas palavrinhas: respeito, sinceridade, confiança, união e continuar com a chama do amor e da paixão acesa. É um grande erro das pessoas acharem que por que casou tudo se tornou mais fácil e por isso broxante. É nessas horas que a criatividade deve ser tomada como meta, sempre. Pensem uns, pensem outros, a fidelidade é um fator bastante importante no relacionamento. Saber diferenciar amor e sexo é um grande avanço psicológico, porém arriscado, pois se não existe mais tesão na pessoa que dorme ao seu lado todos os dias, é porque algo esta errado e você deve pensar melhor para onde tudo esta indo. E as conversas não devem deixar de existir, sempre com uma calmaria e com uma seriedade que encanta ambas as partes. Se aconteceu o casamento, faça isso fazer parte de sua vida. Planeje sempre, ria sempre, construam algo juntos. Tenha na pessoa ao seu lado um confidente, alguém que vai te ajudar a entender da melhor forma possível sua vida e fará de tudo para ajudá-lo. Nunca ache você que ele (a) não reconhece os seus problemas ou suas qualidades, isso acontece, mas talvez não na mesma intensidade. Não ache que seus problemas são maiores do que os de seu companheiro, tente sempre perguntar se esta tudo bem, tenha um bom feeling, pois muitos reprimem os sentimentos e, as vezes, uma tristeza braba pode ser curada com um beijo e um abraço bem forte. Sinta prazer de várias formas com seu companheiro, não há nada mais gostoso. Se ambas as partes concordam quando o assunto é o amor em si, então deve esquecer os problemas e enxergar o futuro compartilhado. Agora se isso realmente não existe mais, sentem, conversem e terminem isso que um dia já foi fantástico.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Labirinto.

Em um relacionamento a dois, fica bastante difícil saber e medir o que o outro sente e faz por você. E o passado de cada um se torna a mancha negra da relação, já que nunca sabemos o que de fato ocorreu e o que de fato a pessoa é. Não que ela minta ou use mascaras, mas ninguém é realmente verdadeiro com seu parceiro. Ninguém expõe sentimentos alheios com medo de julgamentos.

Mas porquê? Porque existe este contraponto entre realidade e fantasia nos relacionamentos? Este é o erro que faz com que tudo desmorone nas descobertas que machucam e sufocam o coração e a alma. Aliás, isso ainda existe? Ou sou o único?

Nas dolorosas descobertas, o mar e as lâminas nunca pareceram tão belos e usuais e isso é tão frustrante, fracassante e ignorante que as orelhas de jumento se formam ao redor de sua cabeça automaticamente. E como lidar com isso? E como entender que situações acontecem mas o sentimento é maior do que tudo? Será maior mesmo?

Desculpas, desculpas e desculpas...quando elas serão suficientes? E novamente. Como lidar? O que fazer? O tempo de vida de cada um é indiferente aos relacionamentos, o amor único e real não sofre alterações desde a criação da sociedade. Modernidade não se aplica a relacionamentos, nem hipocrisia. Por isso cria-se a maleação, ou o “tornar tudo mais fácil”. Será essa a hora de crescer e saber que monogamia não existe? Mas como controlar?

O pior é que, o aquário sujo e pequeno se repete e volta com os espinhos que já perfuraram e dilaceraram determinado coração inúmeras vezes. Isso não conta? Será que posso enxergar um carma na condição de sofredor? Os traumas irão se repetir? Eu irei novamente flagrar e ver coisas das quais cicatrizaram mas nunca sumiram? Apostarei que não, mas talvez não haverá uma segunda superação, o espírito é esclarecidamente fraco, e enxerga o fim de tudo, como solução.

São tantas as perguntas sem respostas que tudo forma um labirinto com duas saídas: o abismo da dor ou as nuvens. Se martirizar só vai fazer com que o abismo fique mais próximo. Tudo ainda pode dar certo, se cada um fizer a sua parte.

De um lado, mais seriedade. O mundo não é só carnal, acidentes podem acontecer, mas podem ser totalmente evitados. O passado nada tem a ver com o presente e o futuro. Problemas e erros que já aconteceram, podem não acontecer novamente. Ninguém é igual a ninguém e existe sim bons sentimentos e corações bons neste mundo, então entre de vez no relacionamento e esqueça dos poréns, dos contras, do que pode acontecer. Ame e faça. Se você se sente amado, nada mais importa. Amor, este sentimento existe e é lindo, velho e maravilhoso.

Neste cruzamento entre o abismo e as nuvens, entre o fim e o recomeço, é hora de ambos crescerem, de ambos tomarem consciência que o ciúmes doentio é um grave problema e que a busca pela carne alheia não é legal, é nojento e é desnecessário. São ingredientes que podem fazer com que relacionamentos voltem a ser prazerosos e importantes em nossas vidas. São fases que passam e deixam marcas, não cicatrizes de lâminas afiadas, mas sim a maturidade de encarar sérios problemas de frente, que fazem com que a harmonia volte. Em uma nova e última chance de ser realmente feliz.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vontades.


O que seria mais broxante do que você lembrar-se de uma pessoa mesmo sabendo que não pode te-la envolvida em seus braços, mesmo acreditando que um futuro maravilhoso estaria a espera de ambos juntos?

Sempre tenho viagens como primeiro plano. Conhecer lugares diferentes, experimentar comidas diferentes, conviver com culturas diferentes, tudo isso tem um valor grandioso e bastante rico ao qual considero e muito. No entanto, ser humano traz conseqüências que nos faz pensar durante muito tempo. Em muitas viagens, conhecer alguém que você admire e se apaixone parece ser praxe. Alguém cujo beijo te envolve por horas ou às vezes minutos, mas tempo suficiente para que você queira ter posse dela para sempre. E na hora do adeus, na hora do famoso “ a gente se vê por aew”, são os 20 segundos se perguntando o porquê não conhecer alguém assim por perto para poder investir em um delicioso futuro a dois que permanece.

Talvez a profundidade disso tudo seja tão densa que não enxergamos o quanto infantil e feminino isso possa soar, mas é certo que tolos são aqueles que não produzem sentimentos e não aproveitam momentaneamente alguns surtos que a vida nos prega. Saudade é a palavra que fica, e esperança é a palavra que envolve todo o caso. Até porque o famoso “a gente se vê por aew” pode ser realmente uma previsão de algo já predestinado.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Erros?

Que a vida é recheado de erros e acertos e de altos e baixos todos estão cansados de escutar. Alguns erros são cometidos com o simples propósito de purificar a própria alma ou deixar com que outra se sinta mais confortável. Talvez, o erro já começa com este pensamento, no entanto, é automático do ser humano se articular com este propósito.

Aliás, envolver articulações para que o erro pareça menor é o mais comum. Não é tentar se desculpar, e sim expor todos os meios e acontecimentos para que o caso se torne ingênuo e a burrada seja passageira. Muitos acham que essa é a melhor opção e duvidam da capacidade dos outros de perceberem e notarem o acontecido. O erro destes espertos é achar que todos são idiotas.

Também podemos errar em acusar outro pelos possíveis erros que possam terem sidos cometidos. Não temos o direito de julgar ninguém, cada um tem sua vida e sua consciência. Se dói o acontecido? É melhor deixar fluir e esperar pelo amanhã, tudo pode ser um acaso (ou não).

Mas como a tecla deve ser mesmo batida, fica aqui a bandeira do amor pessoal levantada. Não superestime ninguém, tenha em mente que somos, pessoalmente, sempre superiores a qualquer relacionamento. Erros são cometidos, podem ser ou não concertados, mas são feitos e nada pode apaga-los. Talvez seja apenas mais um tijolo defeituoso na parede de concreto chamada vida ou apenas o grão de cimento da nossa obra. Depende de você.