domingo, 24 de fevereiro de 2008

Destino?

Destino. Essa palavra pode ser tão surreal para alguns e realista ao extremo para outros. Não consigo me posicionar diante disso. Será que as vezes o destino vem encarapuçado em provações? Talvez. O que aconteceu comigo foi algo assim. Uma troca sublime de olhares. Uma pequena conversa. Um quarto vazio e o acerto final daquilo que seria minha cruz pelos próximos meses seguidos.

Dois desconhecidos que nunca haviam cogitado nada entrelaçados pelo o que poderia ser o sentimento mais bonito (e perigoso) deste mundo. Época difícil para ambos? Para mim sim. Telefonemas aumentando. Scraps aumentando. Declarações aumentando. E isso tudo junto à uma dificuldade extrema de se tocar, de ao menos se ver. Aliás, isso fez com que chegasse ao fim certa vez. Um fim doído mas que parecia ser a solução correta a se fazer. Alguns dias de lamentações? Pior que não. E dessa vez falo pelos dois. Saudade? Sim, alguma havia, mas era meio do que inexplicável. Nisso pessoas já haviam começado a interferir, dizendo coisas absurdas e inacreditáveis da pessoa em questão. A pessoa cujo se declarou (erroneamente e precocemente) em um momento de redenção à paixão e da saudade batendo forte na porta do coração com a simples e tão bela expressão “eu te amo”. Totalmente desnecessária, acreditem, pois logo após houve o fim verdadeiro. Fim esse que nem chegou a seu patamar final, já que tudo voltou mais sólido e forte do que antes.

Sólido? Forte? Isso era o que eu pensava. Na semana em que o ato mais quente e delicioso se concretizou como uma explosão duradoura de fogos de artifício, a traição também veio firme e cabal à frente de meus olhos. Tudo o que haviam me dito era verdade. A mancha escura por trás daquele rosto realmente existia. Ou não?? A duvida sempre me cercava. Neste meio tempo, um amor de verão veio como uma salvação. Amores de verão funcionam, acreditem. Não houve apego fatal e nem paixonite adolescente. Foi tudo tão forte, rápido e mágico que fez com que os problemas do último relacionamento se explicassem.

Deslize. Carência. Duas das coisas pela qual eu sofri desonestamente, porque não era sofrimento, era orgulho. A vida continuou. E de certa forma alguém sempre vinha comentar da pessoa errada pra mim. O incrível é que eram comentário ruins, que contrastavam a pessoa ótima que eu tinha comigo e ao qual me tornei amigo. Será que era da mesma pessoa que falávamos? Era sim, isso era incontestável. Com nenhuma esperança de uma volta, eis que a ela surge novamente em minha vida.

O mesmo papo inteligente e ousado que de certa forma me conquistou. Mas sem as indecências de que haviam me alertado, isso nunca aconteceu comigo, o que eu acho formidavelmente estranho. Mais declarações (falsas?), mais pedidos (falsos?), mais discussões (necessárias?) e um termino de conversa que certamente poderia levar a algum lugar. Lugar com local e hora marcada, diga-se de passagem. Lugar que foi o desfecho de tudo. Lugar em que uma pessoa apenas cumpriu a promessa. Lugar que foi o ultimato desta relação, que havia sim, intrinsecamente, um sentimento forte em ambas as partes. Pode haver um futuro? Muito improvável (nunca digo nunca). Chances e pedidos houveram aos montes. Eu tinha escolhido um amor, ela apenas paixão. Era o que eu via. Era o que todos me alertavam. Mas era o mais improvável. Não me arrependo de nada, ao contrário do que eu costumo soltar para todos que me contestam do porquê de eu ter vivido tal relação. Apenas digo que foi culpa de um destino infeliz. Desculpa esfarrapada de um tolo apaixonado.