quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Incertezas.

O que seria um momento ideal na vida? O que faz com que acordemos pela manhã com um sorriso largo e com uma disposição que faz com que qualquer problema passe despercebido em nosso dia-a-dia? Uma vida amorosa constante e radiante talvez, ou um emprego dos sonhos que nos traga satisfação em levantar todos os dias cedo para trampear, ou amigos influentes em nossas vidas, que requerem a sua atenção sempre e são o porto-seguro certo para todas as coisas?

Mas e quando nada disso acontece, quando as vezes só nos resta nossa alma como apoio incondicional dos problemas que nos cercam? O que fazer? Antes de tudo, uma vida assim é de extremo lamento. Mas cada um desses problemas tem implícito a capacidade de tirar nosso fôlego, nos fazer frustrados e ainda atrapalhar o andamento de nosso dia-a-dia.

Se apaixonar por uma interrogação é o que mais há de freqüente em nossas vidas, pode reparar. E é a pior coisa. Não sabe o que falar, até a que ponto agir, até a que ponto cobrar, até a que ponto perguntar.... tudo isso trucida qualquer cabeça e faz com que o que pode se tornar algo firme acabe. Mas a dúvida: será que realmente essas interrogações estão preparadas para algo firme?

Alimentar uma relação toda semana, todos os dias vivendo algo que há a possibilidade de dar certo e assim mesmo sentir a indiferença pairando no ar, é algo como pode ser exemplificado como um karma.

Mas e quem disse que existe sequer um restinho de capacidade para por um ponto final neste tipo de relação? Por mais instável que esteja a relação, brincadeiras, sorrisos, risadas aparecem e fazem com que tudo fiquei como antes. Até o dia amanhecer e aquilo sair pela porta, deixando apenas o rastro da dor e da desilusão de que tudo voltará a ser como antes. Junto a isso, vem as incertezas, as infidelidades, os jogos sujos, as mascaras... e tudo o mais. É triste demais, mas é a verdade.

Por incrível que pareça, há pessoas procurando estabilidade em outras. Mas pelo visto a dificuldade é imensa. Nesse mundinho, parece que todos apenas querem curtição, e os que não querem, arrumam um propósito ou um empecilho para fazer com que aquela relação não se prolongue. É triste, mas já vou me acostumando, já faz um tempo que isso acontece e não sou ignorante o bastante para reconhecer quando não da mais. Por enquanto, a vida segue em frente, vendo onde e quando a atual interrogação se tornará uma exclamação. E que assim seja, mais uma vez.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Agonia.


Talvez esta não seja a melhor palavra para descrever o que me aconteceu nos últimos dias, mas se não tenho certeza sobre a palavra, não tenho dúvidas quanto ao o que senti. E não foi bom.
A simples incerteza de que de uma hora para outra, dependendo do resultado que sairá em papéis, a vida de alguém cujo amor conosco é de uma força maravilhosa poderá ser marcada por uma certa dose de sofrimentos decorrente daquele resultado, é conflitante. Junto a isso, há também a constatação de que nem tudo é eterno, pelo menos não na forma física. Imaginar um dia sem aquela pessoa, da um aperto doído e que faz sangrar nosso coração. Um aperto triste e que faz com que lágrimas voluntárias e abusadas desçam de nossa face como uma nascente no alto de uma pedra. Com essas lágrimas, imagens de anos de convívio, imagens de um futuro incerto, pensamentos fugazes sobre o pós, conclusões ruins, pensamentos ruins...tudo isso vem a tona e de uma forma vertiginosa. O que é perigoso.
É nessas horas que devemos buscar aquela força lá do fundo e sermos realista. Termos que pensar que tudo há um propósito e nada acontece por acaso. Deus escolhe os passos de nossas vidas e das pessoas que amamos. Tudo é na base da conseqüência. Anos de um relaxamento podem causar coisas ruins. Disso tenho ciência. Mas fora a isso, anda se tornando insuportável conviver com a idéia de perder alguém tão próximo.
Porém, agora é mentalizar o melhor e orar para que tudo volte às boas, assim como sempre esteve e eu nunca reparei.