quinta-feira, 17 de abril de 2008

Maturidade:

Conseqüência de se viver intensamente cada minuto de sua vida. Adotar o Carpe Diem, como filosofia, traz conseqüências indiscutíveis e inexplicáveis em nosso meio. Viver e aproveitar os segundos que nos satisfazem, mesmo sabendo que poderão vir britas pesadas na piscina rasa chamada nossa vida, cria a possibilidade do amadurecimento rápido e infinito. São tapas e socos que levamos no rosto ou beijos mordazes e lentamente bons, que nos fazem transpirar de calor mesmo em um frio com grau negativo.

Aprendemos que a nossa vida não é um aparelho de DVD em que funções como Voltar, Parar e Pular são comuns. Vivemos sempre no Play, e isso me instiga. São muitas as coisas que não deveriam ser ditas e muito menos feitas, mas ocasionalmente foram impossíveis de se pensar duas vezes para praticar. E não digo isso envolvendo apenas sentimentos carnais e do coração, falo isso de forma geral, desde as viagens irresponsáveis a lugares muitíssimo longe dos pais até momentos insanos em badalações que insistimos em deixar enterrados nos segredos de amizades confiáveis. E há mais: falsidade de pessoas, traição de pessoas – família ou não -, trapaciadas, reprovações, mortes, nascimentos, doenças, prêmios, derrotas, brigas, discussões, filmes, livros, músicas....tudo, absolutamente tudo nos ajuda a formar uma pessoa única e diferente das outras.

O caráter é mantido e feito de acordo com o ponto de vista de cada um de nós. Uma atitude feita em algumas horas, pode soar nojenta para muitos e normal para outras. Mas nessa tortuosa vida, aprendemos que o nosso guia é o coração junto ao cérebro. Separar os dois é uma tarefa meio do que complicada, mas não impossível. Mas em mundo como este, é burrice tentar deixar-se guiar por apenas um deles.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pedras.


Porque as vezes achamos que nascemos pra sofrer? Na verdade chega a ser hipócrita de minha parte falar de mares de sofrimento pessoal vivendo em um mundo onde essa triste palavra recebe uma conotação drasticamente maior devido a fome, a miséria e a violência que nos cerca. Humanismos a parte, sei o que machuca nosso peito nessas horas. O que nos faz perder fôlego até para comer, além da já conhecida sensação de butterfly in the stomach, que chega a ser irritante mas que é inevitável.

Ações lindas que de tanto acontecer nos fizeram acostumar, pararam bruscamente e criou um estranhamento no ar. Um clima que nem de longe lembram os louros que a relação até então vivia a cada hora. Tempestade essa que traz uma nostalgia ruim no campo do amor e que me faz questionar, e muito, o que faço de errado. Sim, por incrível que pareça sempre a culpa cai em cima de mim. Ou são amigos que ouço demais, ou é porque dou trela demais à casos passados, ou porque não aceito ser bancado... entre outras varias questões que me fizeram cansar. Parafraseando um grande amor fraternal que tenho: sou tão bondoso..não entendo de onde aparece tanta mazela. Sei que isso acontece com todos, mas eu sinceramente já cansei. Começo acreditar que amor verdadeiro só existe nas obras açucaradas de Danielle Steel ou nos cada vez mais pífios roteiros de cinema.

É frustrante. Não é nada conformável. Quando temos certeza de que fazemos as coisas certas e elas parecem ser erradas. Acho que em um mundinho ao qual ando assistindo de camarote, o “eu te amo” parece não ter valor. É dito da boca pra fora quando acontece a paixão, o que é o maior dos erros. Eu sei quando eu amo, e sei que quando a expressão sai, inaudível, de minha boca, é porque ela é irrefutavelmente real. Não dão o valor que eu dou a isso, o que acho triste. Alertaram-me que o mundo dos adultos é assim. Okay, quando eu posso parar de brincar então? Colocam na minha idade os defeitos de uma relação. Desculpa de uma ignorância intrínseca. Amadurecimento vem por acontecimentos e não pelo tempo.

Enfim. Um discurso assumidamente desesperado e até infantil pela busca por algo real e semelhante ao que meu coração necessita. Tudo pode não passar de uma tempestade em um copo d’água, entretanto quero descobrir se depois das pedras vem uma bela cachoeira ou uma lamentável enchente.