sábado, 27 de dezembro de 2008

2008


O final de ano reserva surpresas agradáveis para a nossa vida. Parar sozinho e imaginar o que se passou nas centenas de dias do ano deveria ser uma ação comum, já que refletiríamos e colocaríamos na balança para que no final julgássemos o saldo como positivo ou negativo.
É triste perceber que um ano pode ter sido perdido. A carreira profissional sofrendo uma montanha-russa sem freios, a vida amorosa ficando no limbo, enquanto a carnal se sobressai, o que não é legal. Contra as mazelas há a formação de amizades concretas, amizades que mudaram uma vida e que perdurarão por muito tempo. Junto a isso há também os testes da vida, os acontecimentos surpresas que exige pensamento rápido e tudo o mais. Evitar situações, sair de outras....tudo se envolve e forma um ano. Lembranças que não iremos querer esquecer, outras que não esquecemos por castigo de nossa consciência, sempre maduras o bastante para que no futuro se tornem reflexões.
Choros e risadas se misturam. Beijos e sexo também.
A esperar, apenas um novo ano diferente. Um ano que a palavra amor se torne real. Feliz 2009 a todos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fechado.


Os seres humanos nascem com uma capacidade enorme de sentir. Os sentimentos que nos rodeiam ao nascermos podem ser destruídos de acordo com o que acontece em cada etapa, pífia ou não, de nossa vida. Logicamente não é de uma hora para a outra, mas quando determinada coisa vai acontecendo sempre de forma constante e abrupta, sentimentos bons se quebram e no lugar forma-se um escudo, em que nosso corpo se protege (ou se prende) até não se sabe quando.

Também é importante ressaltar que há casos bem diferentes um do outro, entretanto, o que importa aqui não é o caso e sim a conseqüência, ou seja, a destruição de algo bom, de algum sentimento dentro de nós.

Talvez o caso mais comum seja o de amar. Há coisa melhor do que amar? Gostar muito de alguém, seja ela seus pais, parentes, amigos ou companheiros? Não há, mas bloquear o amor em nosso coração é algo tão corriqueiro que chega a ser penoso. Talvez o caso mais comum seja o amor de paixão, aquele sentido por duas pessoas diferentes e que nem por isso perde a intensidade e a beleza, de como deve ser.

Amar um estranho de forma cabal é uma loucura nesses tempos modernos. Não que eu tenha este sentimento bloqueado em mim, mas a vida a dois, fielmente, parece não existir tanto quanto antes, e isso é uma derrota de nossa sociedade. Acredito eu, que a fidelidade é o princípio de tudo, desde o caráter à consideração, e por isso, ver que é um característica quase extinta chega a ser doído. Particularmente, não consigo viver em uma relação de casal, mas com uma abertura, talvez seja algo que eu precise me adaptar, mas por enquanto é impensável para mim. Não há nada pior do que sabermos que a pessoa que atualmente amamos pode estar com outra, quando não está, mesmo estando conosco.

O pior, é que o que tem de pessoas que já são contemporaneamente adaptadas é incrível. Na verdade acho triste, pois um sentimento bonito como o amor acaba por se perder, mas como cada um tem seu caráter e sua forma de levar a vida, apenas respondo por mim.
Assim, o ciclo de pessoas com o corpo fechado cresce a medida que a perversão aumenta. Não há como fugir, e infelizmente, talvez, pessoas como eu devem se adaptar à este novo modo de relacionamento, talvez em um futuro próximo o amor vire chacota. Bom, eu que não desejo estar vivo para ver isso, azar triste de meus sucessores.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Incertezas.

O que seria um momento ideal na vida? O que faz com que acordemos pela manhã com um sorriso largo e com uma disposição que faz com que qualquer problema passe despercebido em nosso dia-a-dia? Uma vida amorosa constante e radiante talvez, ou um emprego dos sonhos que nos traga satisfação em levantar todos os dias cedo para trampear, ou amigos influentes em nossas vidas, que requerem a sua atenção sempre e são o porto-seguro certo para todas as coisas?

Mas e quando nada disso acontece, quando as vezes só nos resta nossa alma como apoio incondicional dos problemas que nos cercam? O que fazer? Antes de tudo, uma vida assim é de extremo lamento. Mas cada um desses problemas tem implícito a capacidade de tirar nosso fôlego, nos fazer frustrados e ainda atrapalhar o andamento de nosso dia-a-dia.

Se apaixonar por uma interrogação é o que mais há de freqüente em nossas vidas, pode reparar. E é a pior coisa. Não sabe o que falar, até a que ponto agir, até a que ponto cobrar, até a que ponto perguntar.... tudo isso trucida qualquer cabeça e faz com que o que pode se tornar algo firme acabe. Mas a dúvida: será que realmente essas interrogações estão preparadas para algo firme?

Alimentar uma relação toda semana, todos os dias vivendo algo que há a possibilidade de dar certo e assim mesmo sentir a indiferença pairando no ar, é algo como pode ser exemplificado como um karma.

Mas e quem disse que existe sequer um restinho de capacidade para por um ponto final neste tipo de relação? Por mais instável que esteja a relação, brincadeiras, sorrisos, risadas aparecem e fazem com que tudo fiquei como antes. Até o dia amanhecer e aquilo sair pela porta, deixando apenas o rastro da dor e da desilusão de que tudo voltará a ser como antes. Junto a isso, vem as incertezas, as infidelidades, os jogos sujos, as mascaras... e tudo o mais. É triste demais, mas é a verdade.

Por incrível que pareça, há pessoas procurando estabilidade em outras. Mas pelo visto a dificuldade é imensa. Nesse mundinho, parece que todos apenas querem curtição, e os que não querem, arrumam um propósito ou um empecilho para fazer com que aquela relação não se prolongue. É triste, mas já vou me acostumando, já faz um tempo que isso acontece e não sou ignorante o bastante para reconhecer quando não da mais. Por enquanto, a vida segue em frente, vendo onde e quando a atual interrogação se tornará uma exclamação. E que assim seja, mais uma vez.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Agonia.


Talvez esta não seja a melhor palavra para descrever o que me aconteceu nos últimos dias, mas se não tenho certeza sobre a palavra, não tenho dúvidas quanto ao o que senti. E não foi bom.
A simples incerteza de que de uma hora para outra, dependendo do resultado que sairá em papéis, a vida de alguém cujo amor conosco é de uma força maravilhosa poderá ser marcada por uma certa dose de sofrimentos decorrente daquele resultado, é conflitante. Junto a isso, há também a constatação de que nem tudo é eterno, pelo menos não na forma física. Imaginar um dia sem aquela pessoa, da um aperto doído e que faz sangrar nosso coração. Um aperto triste e que faz com que lágrimas voluntárias e abusadas desçam de nossa face como uma nascente no alto de uma pedra. Com essas lágrimas, imagens de anos de convívio, imagens de um futuro incerto, pensamentos fugazes sobre o pós, conclusões ruins, pensamentos ruins...tudo isso vem a tona e de uma forma vertiginosa. O que é perigoso.
É nessas horas que devemos buscar aquela força lá do fundo e sermos realista. Termos que pensar que tudo há um propósito e nada acontece por acaso. Deus escolhe os passos de nossas vidas e das pessoas que amamos. Tudo é na base da conseqüência. Anos de um relaxamento podem causar coisas ruins. Disso tenho ciência. Mas fora a isso, anda se tornando insuportável conviver com a idéia de perder alguém tão próximo.
Porém, agora é mentalizar o melhor e orar para que tudo volte às boas, assim como sempre esteve e eu nunca reparei.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Medo.


Penso comigo: será o medo um sentimento universal? Será que todos aqueles sujeitos mal encarados e que dizem nunca sentir medo, realmente não o sentem? Aquele frio na barriga pela expectativa, aquelas lembranças que vão e voltam, aquelas lágrimas que não conseguimos segurar mais. Tudo isso vem de um sentimento que na maioria das vezes pode vir acompanhado de um meio triste.

O medo consome. Faz com pensamentos até incertos, se tornem concretos e constantes. Faz você pensar na vida como nunca havia pensado antes. Faz você refletir como poderia ser tudo diferente. Além, é claro, de fazer amadurecer pelo o que pode ocorrer. Isso tudo são características do medo que não podemos nem pensar em fugir.

O mais enlouquecedor é que não medimos as conseqüências desse sentimento. Nos deixamos levar por ele e deixamos também que ele tome conta de nosso dia-a-dia.

Assim, o perigoso não é sentir medo (ou receio) por algo que venha a acontecer. O que não podemos é deixar que nos consuma da forma como o faz. Não tenha medo de sentir medo, no entanto, ao ver que isto está interferindo em seu modo de viver, aplique uma injeção de coragem e creia sempre, reze sempre que precisar. Pense que o que tiver de acontecer acontecerá, e que há males que vem para o bem. Com pensamentos como esses, a injeção esta dada e você estará pronto para enfrentar o que der e vier. Assim mesmo, cheio de clichês.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Amizade.

Este é um dos principais motivos de meu viver: a amizade. Digo isso sem pensar duas vezes e dessa forma catastrófica mesmo. A amizade em si está em tudo quanto é lugar e ocasião, pelo menos na minha vida.

Tenho amigos na minha família, nos meus procriadores – que aliás descobri tardiamente, mas como nunca é tarde...-, na matriarca e seus divinos ensinamentos e conhecimentos, na fraternidade da alegria e confiança, além dos pingos de sangue que há espalhados por aí, e que são poucos que considero amigos, acreditem.

Agora também há àqueles que são literais da palavra. Aqueles que não possuem parentesco algum mas de tão especiais parecem irmãos ou algo do tipo. São divididos, sendo alguns com uma força que chega a ser inacreditável. Esses, os inalcançáveis e para a vida toda, possuem o poder de reconhecer percepções e aptidões apenas com o olhar e pelo mesmo olhar enviar palavras e mensagens que necessitariam de um tempo para serem entendidas. Isso não é normal. Não é da ordem natural da Terra e por isso reconheço a importância de tais amizades. São poucas mas o bastante para minha vida. Há outras que não possuem tamanha troca de afinidades mas que nem por isso são menos importantes. Outras que entraram em meu ciclo recentemente e que conhecem cada centímetro de minha personalidade, respeitando e ajudando quaisquer sejam a situação.

Com esses, sei que não importa distancia, não importa o dinheiro, não importa a ocasião: basta um pedido para que se voltem a mim e prestem atenção ao que anda acontecendo. São eternos, acreditem.

Acho isso até engraçado. Podem fazer meses, ou até alguns anos, certos tipos de relacionamento não mudam, parecem como se ainda houvesse a disponibilidade de lugar e tempo como havia no passado.

No mais seria isso: ouvir verdades, ser xingado, ser esclarecido, entendido, ajudado e aconselhado. Amizade plena é essa. Agradeço a Deus por este presente. Obrigado aos meus amigos da escola. Aos meus amigos da rua. Aos meus amigos do interior. Aos meus amigos do exterior. Aos meus amigos da família. Aos meus amigos do work. Aos meus amigos das republicas. Aos meus amigos da faculdade. Aos amigos de rocks e sobretudo aos amigos do meu coração. Muito obrigado mesmo.

sábado, 12 de julho de 2008

Sempre.

Explicar o que acontece com nosso coração e nossa mente, por mais simples que sejam as mudanças, é uma tarefa complicada e por vezes árdua. As vezes um maremoto benéfico, que nos ajuda a sair de poços em que nem mesmo os raios de sol penetram, traz consigo conseqüências que não reparamos e deixamos fluir como se fosse água de uma cachoeira. Mas não é. Uma hora as conseqüências aparecem e por incrível que pareça, se tratando de passados, não machucam. Dói sim saber que o predestinado não poderá se concretizar, no entanto é linda a forma como a que o barco navega, na sua calmaria e na sua novidade pura. Por mais que a tensão momentânea tenha sido ruim, olhar dentro dos olhos e ver que ali há sinceridade – coisa rara hoje em dia – e que a ternura não é falsa, da um tom maior ao sentimento de amor vigente em ambos. O Amor é indefinível e indecifrável. Por vezes o carnal fala mais alto – o que não é amor – e por vezes o coração bate mais forte e o fôlego diminui, isso tudo com apenas um “eii”....uma saudação de três letras mas que diz coisas que poderiam preencher um livro fácil fácil. Essa é a diferença.

Não pense que as coisas vividas nessas ultimas semanas foi com um propósito banal e que pela conversa o corretivo será passado e esquecido. Quando digo que te amo, é sincero. Lágrimas correm quando penso que não posso mais receber ligações suas. Quando imagino que há uma probabilidade de não conhecermos mais o mundo pela gastronomia. Que não podemos rir de localidades e nem ao menos conversar sobre assuntos direcionados ao nosso intelecto. Isso eu não aceito, é irrefutável de minha parte. Vi em seus olhos sua preocupação e te digo: calma, eu estou aqui para você. Se tudo para você é uma novidade, acredite que para mim também. Você é um diamante para mim, ao qual tenho de cuidar para que dure para sempre e que esteja ao meu lado. Se o mundo não nasceu ao nosso favor, faremos que o sol se volte para as nossas faces para darmos gargalhadas ao léo. Só gostaria mesmo que você enxergasse o quanto estou apaixonado pela pessoa que conheci e o quanto agradeço a Deus por isso - se antes eu não acreditava em alma gêmea, passei a acreditar, por mais diferenças que há entre nós, a junção das características é uma matéria exata em nossas vidas.

Acredite, o caminho apenas começou, não importa que direção ele nos guiará....será uma direção para todo o sempre.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Je T' aime.

Dormir visualizando um rosto que não é o seu.

Acordar visualizando um rosto que não é o seu.

Tudo isso de forma tão natural e encantadora, traz uma novidade se tratando de todos os tipos de relacionamentos anteriores, em que a rapidez com tudo parecia ser fator essencial para que se provasse o quanto tal caso poderia durar.

A novidade trouxe o verdadeiro amor a galope, e antes eu que não acreditava mais no sentimento, vejo-o puro e verdadeiro em minha frente.

Tenho aprendido muito nisso tudo. Paciência. Atenção. Afeição. Tudo isso, o que já havia se esgotado em mim, veio com carga maior. Carga esse única e exclusivamente direcionada a uma pessoa, àquela ao qual faz com que um dia cinza e ruim se transforme rapidamente em um azul límpido e cheio de luz.

Hoje digo que encontrei o que procurava: alguém que me entenda apenas com um olhar. Que leia nas entrelinhas de minhas palavras. Que ria das minhas bobeiras propositais e que dê valor aos anseios piegas ditos com tanto clamor ao pé do ouvido.

Toques, toques e mais toques..... conosco são choques de alta voltagem e que nos faz delirar pelo até então inalcançável. As conversas, por mais banais que sejam, são recheadas de carinho. Esse texto – por exemplo-, de tão meloso, parece ser inacreditável. Talvez (há duas semanas) eu mesmo o acharia ridículo. Mas a minha fonte de inspiração merece ter seu ego acariciado, para ter certeza de uma vez por todas que eu estou aqui, pronto, e que tudo que me disse é recíproco e verdadeiro. Não se esqueça de que estamos apenas começando e que no futuro, caixas eletrônicos serão apenas piadas fofas de nosso passado. Je T' aime.

domingo, 6 de julho de 2008

Palavras.

Olhos dizem mais do que palavras, isso não há dúvidas, mas algumas expressões, ditas pelo afeto puro e carinhoso de um acidente do destino, fazem um coração que estava se tornando seco e cinza, voltar a sua cor forte e chamativa novamente: o vermelho.


O mesmo vermelho que denomina paixão, aquele sentimento que treme nosso estômago e nos faz ficarmos como bobos. Há tempo para se sentir isso? Hoje vejo que não.. vejo que são necessários poucas horas para percebemos que algumas pessoas são para sempre, não importando o tipo de relação que há de vir.

Quando pensamos que sabemos de tudo, uma avalanche maravilhosa de positividade chega e faz com que tudo se manifeste da melhor forma possível. O tempo de permanência é pouco, o contato é razoável, o respeito com o meio é gigante e mesmo com tudo isso ainda há o que se pode chamar de afeição mútua, ou algo parecido. Digo isso pelo simples fato de uma transformação maravilhosa ter vindo em uma ótima hora. Algo que eu não esperava e que me pegou de surpresa, uma surpresa bela mas que assusta, devido ser uma novidade.

É o que disse anteriormente: as vezes imaginamos ter vivido tudo, quando ainda não vimos nada. Pedras podem vir, ácidos podem cair e machucar, mas no momento me importo com apenas uma coisa: ser feliz e fazer uma pessoa feliz, não importa a maneira. E se é medo de no momento responder a expressão mais linda desse universo, dita com tanta clareza e bondade, agora, fazendo o que mais me relaxa se tratando de atividades, posso proferir as palavras que guiarão esta relação: Eu também estou te amando. E você é meu ponto máximo no momento, a quem me voltarei em qualquer necessidade e lástima, assim como nos mais vis casos de felicidade que irei passar, mesmo sabendo que o ápice para me ficar/sentir feliz é estando ao seu lado. O perdão da pieguice também está intrínseco, mas é por aqui que lhe repasso todo o meu sentimento. Mais uma vez repito: Obrigado por se tornar peça obrigatória em minha vida. Eu te amo.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Começo.


Talvez seja confuso demais explicar o modo como uma ficha cai na consciência de forma inesperada e desesperadoramente alertante. A ficha em questão, me abriu um campo de visão que até então estava escondido sobre uma cegueira perspicaz, cujo propósito único era lutar por ter perdido uma luta. Orgulho puro. Carência pura. Idiotice pura.

Apesar de um acontecido já ter se repetido antes – mesmo o que até então não poderia-, o último foi de uma clareza incrivelmente forte. Ali vi que mudanças precisam de muito tempo, que há características, que de tão árduamente praticadas, necessitam de um espaço no tempo Cronos enorme, para que se trabalhe e nele mude. E nesse meio tempo, entre recaídas e desculpas, há os erros dos defeitos repetidos e levados de forma engraçadamente envergonhada, o que é tenebroso. Além do mais, fazer parte disso é nojento, traz um sentimento de sujeira incrível e perturbante.

Há também o jogo envolvido, explícito ou implícito, não importa, há e é visível aos que estão ao redor. Sorte a minha que nessa história também me tornei uma vítima da ocasião e assim, não fico com uma imagem difamada, o que não anda acontecendo do outro lado, mesmo com minhas defesas. Atitudes tidas frequentemente são aplaudidas por mim, de boa, pois contrastam sim um passado cruel e triste, além de piedoso. Se foi com a minha ajuda ou não, me sinto honrado pela transformação, e se colocar na mente que o futuro vem da bondade, é só esperar que apenas coisas boas virão. No mais, o ciclo se fecha, não de forma boa para mim, mas da melhor forma possível vista de cima.

O melhor e mais desafiador foi a propulsão vinda para essa minha ficha ter caído tão cedo. Uma propulsão movida ao motor de beleza junto à uma inteligência fora do comum, e que faz madrugadas parecerem dias inteiros, com papos emendados e que surpreendem, devido ao carinho e a atenção neles tidos. Foram poucas noites perdidas, mas necessárias para que me voltasse ao espelho e confirmasse o que todos cansam de falar: sou mais do que acho. Não pensem que tenho um ego acima do normal, ou que me acho e tal, na verdade sou bem o contrário disso, mas era visível o baixo estima ao qual eu estava, talvez pela escolha de uns, mas isso estava me fazendo muito mal, mesmo com todos dizendo que o vencedor da batalha havia sido outro. Talvez sim. Talvez eu realmente tenha saído de algo ao qual nunca daria certo, algo que bate de frente com o que realmente procuro. Demorei, mas hoje enxergo isso dentro de mim.

Tudo graças as palavras certas nas horas certas, seja diante os meus olhos em conversas longas no messenger, seja em horas alheias ao pé do ouvido, com ligações deliciosas e cativantes.
Agora se inicia um novo ciclo, e que também não será nada fácil. Um ciclo complicado e que talvez não resulte em nada, pelo meio que nos envolve. Mas mesmo que o melhor não aconteça, cada momento vai ser aproveitado, assim como vem sendo durante estes dias... com ações que fazem um dia normal ficar encantadoramente maravilhoso. Assim, mais uma vez tenho o tempo como aliado. O que ele reservar para mim aceitarei e não fugirei, como assim tenho feito. No mais, agradeço as informações vindas à mim, e agradeço muitíssimo à pessoa que me fez lembrar realmente quem é Diego Moretto novamente. Apenas obrigado!

Fim.


Quando montei este blog, havia prometido à mim mesmo que poemas, poesias, músicas e afins não passariam nem perto daqui. E ainda continuo com este ideal, que será quebrado hoje, com esta música da Ana, que resume bem uma história que tem de terminar, pois os retalhos de um passado já estão ficando podres e mal cheirosos... até mais do que antes. E dessa vez é para valer, correndo o riso de distanciamento se for preciso e tudo o mais. O cansaço veio a galope e do nada, o que achei o máximo. Gosto disso em mim, a ficha cair na hora exata. Palavras de bocas boas e alheias enfim chegam ao cérebro, que leva a mensagem como um soco aos olhos para que enxerguem o que está bem a frente. Coração se engana sim, misturado com orgulho e carência então... é uma cova rasa para uma tragédia sentimental:


"Q
uando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei não tinha como recuar
E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar
Até os erros parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Será sempre será
O nosso amor não morrerá"
('Dois Bicudos' por Ana Carolina)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Carta.

Talvez este tenha sido o dia mais longo dos últimos tempos, não o mais ruim, mas também não o mais belo. A atitude linda de recorrer alguém em um estado deplorável de súplica talvez não tenha sido o mais correto a se ter feito.


Dois corpos, que mantém uma chama acesa já há algum tempo, não podem conviver de uma maneira carinhosa e delicada como a desse dia. Pare e pense: é impossível, pelo menos para mim. Sentir o seu cheiro, o seu fungar, as suas tentativas de me fazer rir, a sua conversa, o seu abraço...tudo isso sem ao menos poder tocá-lo da maneira como meu corpo pede, da maneira como minha mente precisa. A atitude foi a mais linda; o acontecido foi verídicamente ruim, apesar de ter me trago paz e uma sensação de felicidade estranhamente glamourosa. Sinto vergonha de ter sentido isso. É o que não mais deve acontecer. Você se sentiria novamente voltando ao passado mórbido e sujo e eu cairia em mais lamentações, fazendo com que a minha cápsula de gelo fique mais grossa.

São coisas que dão e devem ser evitadas. O que eu queria mesmo que soubesse meu amor, é que sua companhia me agrada de uma forma que não me lembro de quem consegue tal proeza. Hoje, no cais, olhando o mar convidativo e lendo a revista suja, cheguei e conclusão que não consigo mais, não agora. Acabou e isso agora esta bem claro para mim. As vezes me esqueço que há mais uma pessoa e que seu coração está guiado a ela. Foram horas precisas e demoradas para que a decisão se tornasse real. Hoje você foi o prepulsor de meu 1º sorriso do dia..... um que veio difícil, após horas de lucidez, mas veio.....por sua causa. E esse sorriso foi o motivo da luz em minha mente. A luz que me deu forças de ir na casa de um amigo, já tarde da noite e convidar para um sessão de inverno, e que me trouxe uma paz surreal. Me senti novamente o Diego antigo, aquele de dias atrás, que ria e brincava por qualquer coisa. O telefonema machucou um pouco, mas isso também tem de ser controlado por mim, e vai ser be, eu te prometo isso.

No mais eu queria que soubesse que me sinto vangloriado por ser convidado a entrar na sua casa. Não falei na hora que precisava, mas eu sei que isso é um passo importantíssimo para uma pessoa dar em sua vida, e se realmente acontecer, irei de largo sorriso, cumprimentar os responsáveis pela sua existência e por suas características. Penso que se não fossem suas palavras no dia necessário, apenas Deus sabe qual seria o fim que estava por vir. Aliás, você conheceu um lado meu que apenas uma pessoa, há muitos anos atrás veio a conhecer. É como a sua ponte....atravessei-a – segundo você-, mas ainda falta conhecer cada bloco, cada kilômetro de asfalto para que realmente eu o conheça por um todo, já que, depois que passar esse mal estar todo, a amizade que virá será para a vida. Você sempre terá lugar em meu coração, perdão por estes dias que estão acabando e obrigado, muito obrigado por ter se tornado um ser humano.

D.M.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Poço.


Acredito que todo mundo, ou pelo menos uma grande maioria das pessoas, saibam o que é lamber o chão imundo, mal cheiroso e escuro de um poço. O fim, em que cada bloco de cimento recoberto com limo do trajeto, significa um erro de uma vida, talvez não da própria pessoa, mas que foi fundamental para que a conseqüência final tenha vindo a galope.

O conjunto de fatores que nos convida a visitar esse lugar, não é nem sempre de uso sentimental... o lado financeiro, por exemplo, nos dias atuais faz pessoas atravessarem o fundo do poço. Mas uma coisa é certa: sentimentalismo meche demais com nosso coração, o que influencia dolorosamente nossa mente, que já não responde mais aos nossos impulsos de querer sumir, desaparecer de vez de um mundo ao qual é inevitável morarmos.

Acordar e vez que não há cor, ouvir uma música e chorar, olhar uma foto e chorar, escutar uma voz e chorar, e chorar, e chorar, coisa que na minha opinião mesmo, é totalmente descabível. Chorar? Há motivos? O que anda acontecendo de tão grave para que as lágrimas saiam de seus olhos com mais facilidade do que entra comida na sua boca? É de arrepiar, de se indignar, de se odiar. Há sofrimento muito maior no mundo do que vergonhas e perdas mínimas. Há muito mais motivo para se chorar, para se sarrar, para se torturar, cadê a força de cada um de nós, que todos dizem ter? Chega ao ponto de ser revoltante.

Ainda há a sem-gracisse de tudo ao redor. Nada, nem notícias que em outra hora seriam maravilhosas fazem um esboço ser real. Coisas ditas em nosso benefício passam tão despercebidas que chega a doer pela pessoa que está do outro lado. Esqueci o significado de uma gargalhada....coisa que há menos de 3 dias era corriqueiro para mim. Ainda tem uma mascara usada para aqueles que nada tem a ver com as histórias e não as entenderiam da forma que precisariam entender. Na verdade, isso esta com as poucas pessoas certas, mesmo que isso não tenha funcionado, não por culpa delas, mas por culpa do que há de errado em mim. Erros...muitos erros. A busca para corrigi-los é tortuosa e cruel. As vezes pode ser tarde demais, as vezes não. Costumam me dizer, que se ainda não aconteceu, nunca é tarde demais. Isso é uma mentira bondosa, mas é mentira.

Acho que críticas sobre comportamento, críticas construtivas, são de uma importância surreal para a formação de um ser humano. E ultimamente isso tem acontecido muito, talvez como uma demonstração de agradecimento, um pagamento de uma dívida que nem de longe existe, apesar de que acredito que não, mas a dificuldade é: é lógico que há como concertar erros de nossas vidas, e também é lógico que queremos concerta-los, mas há a dificuldade de se sair do poço. Os blocos podem ser as escadas que machucarão as mãos e os pés, mas nesse meio tempo tem o limo, que nos faz escorregar e cair a cada vitória de uma erguida. Não é fácil, mas depende de cada um de nós.
Achar beleza em caminhar para dentro de um mar calmo, azul e quente imaginando um filme de nossas vidas em nossa mente, não é nem de longe um bom sinal. Das duas uma: ou dilacere os dedos e encare a subida para alcançar a vida, ou espere a próxima tormenta e deixa que a água do poço suba e finalize com o que passou do tempo de ir embora.
** À compreensão, preocupação e atenção de meu sempre “B” e também à presença, aos conselhos e aos sorrisos do meu amigo Mag. Perdão pelo cinza do post, vocês atualmente são a tinta de meus dias.**

sábado, 21 de junho de 2008

Bondade.


Característica essa exigida desde nossos primórdios como pessoa, seja na escola, seja na igreja ou até mesmo em casa. Aprendemos que fazendo o bem, apenas recebemos o bem. Será? Eu particularmente tenho isso intrínseco – até demais -, em meu âmago educacional. Aplaudo àquele cidadão que para o carro na faixa de pedestre sem ao menos ter sido intimado a isso.... ou aquele moleque, novo ainda, que ajuda uma senhora a atravessar uma rua movimentada. Por incrível que pareça, são ações boas que realmente acontecem atualmente.
Enfim, o ponto que desejo atingir é: bondade demais atrapalha? Por que tipo, como eu já disse, tenho ela intrínseca em meu âmago pela educação que obtive – graças a Deus-, e coisa e tal, mas ultimamente penso que isso não anda prestando. Pensar demais nas outras pessoas sem lembrar de que existimos é perigoso, machuca, destrói a auto confiança e faz com que comece a se formar uma dura camada de arrependimento junto ao descontentamento. Triste, mas é verdade. Boas ações não são reconhecidas pelos outros. Não generalizo, nem posso, mas na maioria das vezes é isso mesmo que acontece.
Ando aprendendo que somos sobretudo em primeiro lugar, que não devemos nos privar de certas coisas para satisfazer um próximo que nem ao menos o merece. Não devemos nos machucar, nem que isso seja inevitável por insignificâncias que tombam em nosso caminho.
Lembrem-se que sempre o mundo dá voltas, e em um dia em que um valor não é reconhecido, um dia apenas, pode ser motivo para vários defeitos antes não vistos serem formados. Se se vangloria pelo sofrimento, a pena é maior pelo futuro triste e piedoso que virá. Amém.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Montanha-Russa.

Certa vez ouvi dizer que a vida é um circo, com seu picadeiro, com suas armadilhas, com a falsidade, a mentira...tudo de certo modo feito para agradar o próximo. Ou não, depende do ponto de vista.

O que eu sei é que 2008 tem se mostrado um ano de provações incríveis para mim. Relacionamentos tumultuados que até hoje me deixam entorpecido com tamanhos casos que aconteceram e que até agora, escrevendo isso, não estão saturados. Assustador para mim. Amei fielmente uma pessoa boa, mas que não era de toda realidade. Alguém que eu não conseguia realmente enxergar a aura da alma, tarefa essa que eu tentava cumprir a todo momento, a toda analise de conversar entre dois ou entre dez. Já disse que raramente me arrependo de algo, ainda mais se tratando de relacionamentos, e com isso tudo que passei, anos se passaram nos minutos de meu relógio. Aprendi a ser ator. Aprendi a ser ingênuo. Aprendi a ser maduro. Cada qual no seu momento, na sua precisão de acontecimentos.

O mais intrigante, é quando baixa Freud em nós e tentamos entender o que passa com um ser humano. Há coisas que nem a ciência explica e por isso fico boquiaberto. Alguns sabem o que passei nestes últimos tempos. Os sapos engolidos. Os desvios de conversas. As defesas ocasionais. As discussões ocasionais. Enfim, coisas que não precisavam ser feitas mas que aconteceram devido, unicamente, àquela palavra de duas sílabas e quatro letras, palavra que depois descobri não ter sido recíproca, palavra que tentarei levar bem longe de mim por um tempo. Não conseguirei, é verdade, sou um romântico idiota, mas não custa ser firme e pé no chão e não esquecer o passado, coisas que muitos fazem mas que é um erro fatal. O passado, por mais doloroso que seja, é a lição do que não fazer novamente no futuro. A muito ainda para se falar, infelizmente é inoportuno agora.

O titulo deste post refere-se mais a vida, que funciona como uma verdadeira montanha-russa, cheia de altos e baixos com o diferencial de que a queda, não é a melhor parte.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Decisões.


Já parou para pensar que tudo, cada passo de nossa vida, é baseado em decisões? Eu quase que falei decisões de dois caminhos a se seguir, mas as vezes são bem mais do que isso. As vezes são tantos que ficamos no meio da encruzilhada, perdidos e pedindo uma ajuda, uma orientação vinda de não se sabe onde.

Conciliar o que cada caminho traz de bom e ruim é uma tarefa dificílima, que requer um cuidado minucioso e que pode trazer conseqüências tristes e ruins, mas que serão necessárias para um futuro melhor.

A balança que fica à nossa disposição em nossas mentes é de uma ajuda sem igual, nelas colocamos os dois lados da necessidade, os dois lados do passado, os dois lados do futuro..... e por aí vai. Me encontro com um libra enorme em diversos campos de minha vida. Os socos em pontas de faca tem causado um estrago enorme em minhas mãos. Mas ainda há o tempo necessário... este vem para ajudar e decidir o que é melhor para a trilha que minha vida tomará.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Maturidade:

Conseqüência de se viver intensamente cada minuto de sua vida. Adotar o Carpe Diem, como filosofia, traz conseqüências indiscutíveis e inexplicáveis em nosso meio. Viver e aproveitar os segundos que nos satisfazem, mesmo sabendo que poderão vir britas pesadas na piscina rasa chamada nossa vida, cria a possibilidade do amadurecimento rápido e infinito. São tapas e socos que levamos no rosto ou beijos mordazes e lentamente bons, que nos fazem transpirar de calor mesmo em um frio com grau negativo.

Aprendemos que a nossa vida não é um aparelho de DVD em que funções como Voltar, Parar e Pular são comuns. Vivemos sempre no Play, e isso me instiga. São muitas as coisas que não deveriam ser ditas e muito menos feitas, mas ocasionalmente foram impossíveis de se pensar duas vezes para praticar. E não digo isso envolvendo apenas sentimentos carnais e do coração, falo isso de forma geral, desde as viagens irresponsáveis a lugares muitíssimo longe dos pais até momentos insanos em badalações que insistimos em deixar enterrados nos segredos de amizades confiáveis. E há mais: falsidade de pessoas, traição de pessoas – família ou não -, trapaciadas, reprovações, mortes, nascimentos, doenças, prêmios, derrotas, brigas, discussões, filmes, livros, músicas....tudo, absolutamente tudo nos ajuda a formar uma pessoa única e diferente das outras.

O caráter é mantido e feito de acordo com o ponto de vista de cada um de nós. Uma atitude feita em algumas horas, pode soar nojenta para muitos e normal para outras. Mas nessa tortuosa vida, aprendemos que o nosso guia é o coração junto ao cérebro. Separar os dois é uma tarefa meio do que complicada, mas não impossível. Mas em mundo como este, é burrice tentar deixar-se guiar por apenas um deles.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pedras.


Porque as vezes achamos que nascemos pra sofrer? Na verdade chega a ser hipócrita de minha parte falar de mares de sofrimento pessoal vivendo em um mundo onde essa triste palavra recebe uma conotação drasticamente maior devido a fome, a miséria e a violência que nos cerca. Humanismos a parte, sei o que machuca nosso peito nessas horas. O que nos faz perder fôlego até para comer, além da já conhecida sensação de butterfly in the stomach, que chega a ser irritante mas que é inevitável.

Ações lindas que de tanto acontecer nos fizeram acostumar, pararam bruscamente e criou um estranhamento no ar. Um clima que nem de longe lembram os louros que a relação até então vivia a cada hora. Tempestade essa que traz uma nostalgia ruim no campo do amor e que me faz questionar, e muito, o que faço de errado. Sim, por incrível que pareça sempre a culpa cai em cima de mim. Ou são amigos que ouço demais, ou é porque dou trela demais à casos passados, ou porque não aceito ser bancado... entre outras varias questões que me fizeram cansar. Parafraseando um grande amor fraternal que tenho: sou tão bondoso..não entendo de onde aparece tanta mazela. Sei que isso acontece com todos, mas eu sinceramente já cansei. Começo acreditar que amor verdadeiro só existe nas obras açucaradas de Danielle Steel ou nos cada vez mais pífios roteiros de cinema.

É frustrante. Não é nada conformável. Quando temos certeza de que fazemos as coisas certas e elas parecem ser erradas. Acho que em um mundinho ao qual ando assistindo de camarote, o “eu te amo” parece não ter valor. É dito da boca pra fora quando acontece a paixão, o que é o maior dos erros. Eu sei quando eu amo, e sei que quando a expressão sai, inaudível, de minha boca, é porque ela é irrefutavelmente real. Não dão o valor que eu dou a isso, o que acho triste. Alertaram-me que o mundo dos adultos é assim. Okay, quando eu posso parar de brincar então? Colocam na minha idade os defeitos de uma relação. Desculpa de uma ignorância intrínseca. Amadurecimento vem por acontecimentos e não pelo tempo.

Enfim. Um discurso assumidamente desesperado e até infantil pela busca por algo real e semelhante ao que meu coração necessita. Tudo pode não passar de uma tempestade em um copo d’água, entretanto quero descobrir se depois das pedras vem uma bela cachoeira ou uma lamentável enchente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Contradição.


Quando percebemos o momento em que nossos pensamentos nos traem? Sim, é comprovadamente possível que isso aconteça e sem ao menos sabermos como agir. O que parecia ter terminado, na verdade não terminou. Isso foi percebido por olhos, bocas e línguas de dois que sabiam realmente o que saia do coração. Sabiam mesmo?

Talvez por isso então escolher a separação tenha sido o melhor caminho. A separação para o teste do amor é um jogo perigoso mas que foi necessário e anda servindo para medir o que realmente anda acontecendo conosco. Mas e quando novamente há a traição nos sentimentos? E quando o que era para ser sentido pela outra pessoa não anda sendo de tamanha intensidade a ponto de telefonarmos para um poder ouvir a voz do outro? E quando o coração sujo e comprometido começa a bater por uma outra incógnita, que ao mesmo tempo em que leva a paixão intrínseca nas palavras, leva também o medo por ser um desconhecido amável, alguém que faz tudo certo e por isso parece o errado da história? Será uma oportunidade divina ou realmente é um perigo?

A probabilidade de ser algo negativo é totalmente mínima, do jeito que falo soa justamente como uma paranóia de se viver no ambiente urbano como o nosso. Mas a doçura, a ternura, a paixão vinda dessa incógnita é muito grande e por isso assusta. E meu coração também anda assustado. Assustado e perdido, o que é bem pior. Ainda há o amor do passado (que não sei mais se é passado) nele. E tenho minhas dúvidas se realmente o tempo é o senhor da razão.

A briga de sentimentos é cada vez maior. A arena de batalhas chamada mente está impossível de guiar. O maior guerreiro, o coração, anda totalmente perdido e fraco, sobrou o cérebro e nele confio. Ainda acredito nas pessoas e verei no que o futuro bem próximo irá me reservar. Que o mar de desastres que andam percorrendo minha vida pare desde já e que a incógnita se revele o que realmente ela se propunha: uma alma linda e apaixonante que veio mudar um pouco o ar de minha calamitosa e atormentada vida.

domingo, 23 de março de 2008

Humano.


Sendo mais intrínseco que o título, como tudo que envolve o sentimento do ser humano é complicadamente estranho não acham?


Talvez, as vezes, passamos a imagem de deixar levar a vida ao léu, sem notar o que anda acontecendo no backstage da vida. E digo-lhes que é ótimo quando pensam isso de nós, pois no ar paira a dúvida se há ou não a descoberta de alguma ação comprometedora ou algo do tipo. Se passar por avoado é um ótimo negócio, gostei disso. A experiência logicamente não foi nada boa, mas irrefutavelmente necessária, além de gratificante.


Sim, só coli bons frutos do resultado final de descobertas nada surpresas. A vaidade cresceu, pois o ego de superioridade externa e interna inevitavelmente veio maior, e melhor ainda, junto com palavras alheias. Também houve um notório amadurecimento, que já existia pelo passado mas que precisava de uma experiência como essa para aumentar. Outro ponto positivo foi o controle do sentimento: assim como eu já falei, poucos conseguem sair e entrar em uma relação com tamanha facilidade, e – modestamente -, lhes digo que consigo a proeza. Proeza sim ora bolas, por que não? Lógico que não falo no sentido promíscuo, dou um valor grandioso à paixão, e assim, me refiro aos relacionamentos em si. Aprendi que cada um deve ter seu tempo e que investir em um erro cometido mais de uma vez é burrice sim, acreditem. Aconteceu uma, duas....certamente vai acontecer mais vezes. Outro ponto legal que ocorreu com isso tudo, foi a abertura de minha mente para novos horizontes. Lugares curiosos – e que sempre tive vontade de conhecer-, foram visitados por mim em companhia de pessoas cuja amizade quase foi perdida, infelizmente por motivos cabais. Foi uma experiência verdadeiramente grande e que me satisfez bastante.


Entretanto me alertaram pela frieza com que andei tratando do assunto. Ér...concordo. A cada tijolo rachado posto em meu edifício, meu coração torna-se mais frio e aveludado. Na verdade, não vejo desta forma. Encaro isso como amadurecimento. Não é fácil passar por coisas semelhantes se tratando do coração, mas depois do terremoto, consigo enxergar coisas boas. Neste último relacionamento tumultuado, apesar de tudo, só conseqüências boas vieram. Ainda não tive oportunidade de papear, mas é alguém que vale a pena manter uma amizade legal, uma pessoa que confiarei e que também saberá que poderá contar com minha amizade, mesmo eu ressaltando que desse corpo que escreve não terá mais domínio algum - serão boas memórias que ficarão em mentes ocupadas pela vida.


Pois então, outro grande e bom fator que existiu nesta furacão e que só tinha acontecido uma vez: o desejo de manter contato constante com àquele que teve o maior dos sentimentos. Legal isso não acham? Quer maior prova de amadurecimento?


Enfim, paixões de alguns dias, de uma noite, de alguns meses atrás, de sete semanas atrás, de bairros diferentes, de cidades diferentes, de estados diferentes, de regiões diferentes.....e até de países diferentes: estupendo isso não?! Tudo na hora exata em que devia acontecer (ou aparecer).


Agora é saber administrar e deixar que o coração aveludado caminhe em direção ao propósito maior da felicidade carnal e sentimental, entretanto, agora acompanhado da sabedoria da mente, que saberá – justamente -, mediar o que realmente será vantajoso, contando com as ofertas do futuro, a liberdade do presente e o livro de novelas do passado.

terça-feira, 18 de março de 2008

Verdade.


Minha avó que costumava dizer que a verdade sempre vem à tona, e isso é inegável em nossas vidas. Qualquer tipo de mentira, por mais pequena que ela seja, algum dia vai ser descoberta. Pode acreditar e tenha cuidado.

No amor é mais doído. As palavras doces e de promessas suaves entram em nossos ouvidos como um riacho lento e frio, e torna-se açúcar fácil de digerir. O passado condena, as pessoas condenam, mas nada disso parece surtir efeito porque há algo mais e isso é incontestável. A descoberta vem sem avisar e inesperada, e por isso é tão cruel. Sorte daqueles que já caminham na relação de forma lenta, sempre esperando pelo pior. Sorte minha que consegui o feito. Mais um tapa na cara para aprender que às vezes é melhor escutarmos os amigos e pararmos de deixar o coração nos guiar.

Enfim, vida mais madura. Mais um tijolo posto em meu fantástico prédio em construção!

domingo, 16 de março de 2008

Complicação.

Vivendo e aprendendo percebemos o quão difícil algumas pessoas são. Se antes achávamos que os momentos de infelicidade sem motivo eram defeitos restritos apenas à loucura pessoal, com conversas aqui e ali vemos que é algo mais comum ainda. Não pense que o comercial da margarina Dorianna é o espelho de uma vida feliz. Nem de longe é isso. Dias bons e ruins são características marcantes de todas as vidas, de todos os relacionamentos e por aí segue.

É extremamente difícil assistirmos um dia ruim da pessoa que amamos. A vontade de ajudar, de estender a mão, de deitar no colo e escutar cada palavra é infinita. Não que isso não esteja a disposição, lógico que está e sempre estará, mas não há nada melhor do que lutarmos contra nossos demônios pessoais sozinhos não é mesmo? Procurar dentro de cada um de nós o problema para assim tentar solucionar o mais rápido o possível. E o tempo para que isso aconteça? Tempo? E quem vos disse que no amor há tempo? O coração é capaz de esperar sim, e se você acha que é uma tarefa difícil aguardar pela redenção da alma que tu amas, peço que coloque a mão na mente e reveja seus conceitos about love.

Sábio aquele que nos disse que o tempo é senhor da razão!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Passado.

Existe um tempo de duração para um grande amor ser esquecido? Mesmo que este grande amor em questão tenha te machucado nojentamente? Tenho a sorte de não estar se referindo a mim, por mais que meu coração seja um estúpido, sei sair de uma amor fácil fácil. Minto! Não tão fácil assim, mas não fico guardando o sentimento por tempos a fio. Mas como descobrir se a pessoa que estamos envolvida ainda guarda algum resquício sentimentalmente bom da última paixão? Mesmo que a experiência tenha sido ruim? É complicado, ainda mais em uma relação conturbada. Então é nestas horas que meu coração se une a minha mente para poder agir. Sim, com o coração não se brinca, e usar de artimanhas como carinho e atenção para provar que eu sou capaz de faze-lo mais feliz do que o passado chega a ser necessário, nem que isso já esteja escrito com todas as letras na minha testa suada de preocupação e medo. Medo. Medo. Medo da pessoa realmente continuar a sentir uma paixãozinha pela outra e com isso tentar usar, sem intenção alguma, o meu coração como uma cura pelo mal do orgulho. Complicado. Passado bom é o morto, e isso deve ser provado.

Entretanto, tudo não passa de suposições. É evidente o nosso carinho e o nosso respeito e isso sou obrigado a admitir, tudo esta nos verdadeiros conformes. Apesar de tudo ruim que nos rodeia, todos os medos e inseguranças, todos os passos em falsos, tudo isso pode ajudar na construção de algo infinitamente bom e duradouro. A diferença de cada um é enorme, mas trabalhamos nas diferenças e construiremos algo formidável. Eu repito algo que disse ao pé de um ouvido seguido de um beijo linguado: eu farei tudo pra dar certo. Tudo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Dúvida.

Podemos conviver com atormentações diárias sobre lealdade X amor? É uma incógnita das mais grandes. Uma incógnita que coloca a pessoa que amamos em cheque sem ao menos elas serem culpada. Ou será que ela é?

A paranóia que habita meu coração é formada por uma mistura de sentimentos junto com um passado atribulado. Na verdade, há uma diferença muito surreal de ambas as partes, o que mais há em comum é a paixão forte e que é vista por todos. Mas e aí? Que passo dar? Será que ir devagar, seguindo Cronos e deixando acontecer é o mais certo a se fazer? Acredito que sim. Acredito que o afoito do calor humano, por mais bom que tenha sido, não nos ajudou a realmente a pararmos e vermos o que queríamos. Da minha parte há o mergulho. Eu realmente desejo construir algo sólido e que possa vir acompanhado de novos amigos e de sempre poder compartilhar tudo, uma dor, uma alegria, um sucesso, entre outras características de uma vida. Eu desejo muito alguém que me compreenda apenas com um olhar e vice-versa, alguém que saiba quando eu estou disposto, quando eu estou incomodado, quando eu estou feliz realmente e por aí vai.

Diferenças existem e são de total e puro característico de uma boa e real relação entre dois humanos. Entretanto, não se deve usar isso como desculpa para um possível término. Ao meu ver, as coisas devem sim rolar como pedras de uma montanha destruída, mas o que se deve ter em mente é que, o que realmetne importa? Será que vai dar certo? Será que mais uma vez não me machucarei? A história de tentar esquecer um passado com um presente é errônea e nunca deve se fazer isso.

Pelo visto a minha confusão é maior do que eu pensava. No entanto tenho certeza de uma coisa: estou amando sim, e já não é de hoje. Totalmente submerso no mergulho em busca do mar dos acertos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Destino?

Destino. Essa palavra pode ser tão surreal para alguns e realista ao extremo para outros. Não consigo me posicionar diante disso. Será que as vezes o destino vem encarapuçado em provações? Talvez. O que aconteceu comigo foi algo assim. Uma troca sublime de olhares. Uma pequena conversa. Um quarto vazio e o acerto final daquilo que seria minha cruz pelos próximos meses seguidos.

Dois desconhecidos que nunca haviam cogitado nada entrelaçados pelo o que poderia ser o sentimento mais bonito (e perigoso) deste mundo. Época difícil para ambos? Para mim sim. Telefonemas aumentando. Scraps aumentando. Declarações aumentando. E isso tudo junto à uma dificuldade extrema de se tocar, de ao menos se ver. Aliás, isso fez com que chegasse ao fim certa vez. Um fim doído mas que parecia ser a solução correta a se fazer. Alguns dias de lamentações? Pior que não. E dessa vez falo pelos dois. Saudade? Sim, alguma havia, mas era meio do que inexplicável. Nisso pessoas já haviam começado a interferir, dizendo coisas absurdas e inacreditáveis da pessoa em questão. A pessoa cujo se declarou (erroneamente e precocemente) em um momento de redenção à paixão e da saudade batendo forte na porta do coração com a simples e tão bela expressão “eu te amo”. Totalmente desnecessária, acreditem, pois logo após houve o fim verdadeiro. Fim esse que nem chegou a seu patamar final, já que tudo voltou mais sólido e forte do que antes.

Sólido? Forte? Isso era o que eu pensava. Na semana em que o ato mais quente e delicioso se concretizou como uma explosão duradoura de fogos de artifício, a traição também veio firme e cabal à frente de meus olhos. Tudo o que haviam me dito era verdade. A mancha escura por trás daquele rosto realmente existia. Ou não?? A duvida sempre me cercava. Neste meio tempo, um amor de verão veio como uma salvação. Amores de verão funcionam, acreditem. Não houve apego fatal e nem paixonite adolescente. Foi tudo tão forte, rápido e mágico que fez com que os problemas do último relacionamento se explicassem.

Deslize. Carência. Duas das coisas pela qual eu sofri desonestamente, porque não era sofrimento, era orgulho. A vida continuou. E de certa forma alguém sempre vinha comentar da pessoa errada pra mim. O incrível é que eram comentário ruins, que contrastavam a pessoa ótima que eu tinha comigo e ao qual me tornei amigo. Será que era da mesma pessoa que falávamos? Era sim, isso era incontestável. Com nenhuma esperança de uma volta, eis que a ela surge novamente em minha vida.

O mesmo papo inteligente e ousado que de certa forma me conquistou. Mas sem as indecências de que haviam me alertado, isso nunca aconteceu comigo, o que eu acho formidavelmente estranho. Mais declarações (falsas?), mais pedidos (falsos?), mais discussões (necessárias?) e um termino de conversa que certamente poderia levar a algum lugar. Lugar com local e hora marcada, diga-se de passagem. Lugar que foi o desfecho de tudo. Lugar em que uma pessoa apenas cumpriu a promessa. Lugar que foi o ultimato desta relação, que havia sim, intrinsecamente, um sentimento forte em ambas as partes. Pode haver um futuro? Muito improvável (nunca digo nunca). Chances e pedidos houveram aos montes. Eu tinha escolhido um amor, ela apenas paixão. Era o que eu via. Era o que todos me alertavam. Mas era o mais improvável. Não me arrependo de nada, ao contrário do que eu costumo soltar para todos que me contestam do porquê de eu ter vivido tal relação. Apenas digo que foi culpa de um destino infeliz. Desculpa esfarrapada de um tolo apaixonado.