segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pedras.


Porque as vezes achamos que nascemos pra sofrer? Na verdade chega a ser hipócrita de minha parte falar de mares de sofrimento pessoal vivendo em um mundo onde essa triste palavra recebe uma conotação drasticamente maior devido a fome, a miséria e a violência que nos cerca. Humanismos a parte, sei o que machuca nosso peito nessas horas. O que nos faz perder fôlego até para comer, além da já conhecida sensação de butterfly in the stomach, que chega a ser irritante mas que é inevitável.

Ações lindas que de tanto acontecer nos fizeram acostumar, pararam bruscamente e criou um estranhamento no ar. Um clima que nem de longe lembram os louros que a relação até então vivia a cada hora. Tempestade essa que traz uma nostalgia ruim no campo do amor e que me faz questionar, e muito, o que faço de errado. Sim, por incrível que pareça sempre a culpa cai em cima de mim. Ou são amigos que ouço demais, ou é porque dou trela demais à casos passados, ou porque não aceito ser bancado... entre outras varias questões que me fizeram cansar. Parafraseando um grande amor fraternal que tenho: sou tão bondoso..não entendo de onde aparece tanta mazela. Sei que isso acontece com todos, mas eu sinceramente já cansei. Começo acreditar que amor verdadeiro só existe nas obras açucaradas de Danielle Steel ou nos cada vez mais pífios roteiros de cinema.

É frustrante. Não é nada conformável. Quando temos certeza de que fazemos as coisas certas e elas parecem ser erradas. Acho que em um mundinho ao qual ando assistindo de camarote, o “eu te amo” parece não ter valor. É dito da boca pra fora quando acontece a paixão, o que é o maior dos erros. Eu sei quando eu amo, e sei que quando a expressão sai, inaudível, de minha boca, é porque ela é irrefutavelmente real. Não dão o valor que eu dou a isso, o que acho triste. Alertaram-me que o mundo dos adultos é assim. Okay, quando eu posso parar de brincar então? Colocam na minha idade os defeitos de uma relação. Desculpa de uma ignorância intrínseca. Amadurecimento vem por acontecimentos e não pelo tempo.

Enfim. Um discurso assumidamente desesperado e até infantil pela busca por algo real e semelhante ao que meu coração necessita. Tudo pode não passar de uma tempestade em um copo d’água, entretanto quero descobrir se depois das pedras vem uma bela cachoeira ou uma lamentável enchente.

2 comentários:

Cora disse...

tempestades em copos d'água, enchentes de lágrimas ou afogamentos em aquários são coisas de gente miúda.
e vc é grande! não se abata!
BjO

Danilo Moreira disse...

Ola Diego, hj aproveitei pra fuçar nessas entrelinhas e descobri este blog bacana e tão pessoal.

Entendo o que vc sente, amor é uma coisa muito complicada, machucar quando a gente nao quer é pior ainda.

Mas me revolto e digo até que me enfureço quando me tacam na cara que é coisa da idade, etc. Muitas vezes pode sim o defeito estar em nos mesmos, assim como pode estar dentro da estupidez dos outros.

Mas uma coisa te digo cara, nunca desista do amor verdadeiro, porque ele existe sim, mas é algo que só o tempo é quem trará.

Desculpa se eu falei alguma besteira, estou digitando com pressa e meio sem tempo, mas enfim, parabéns pelo blog, e virei outras vezes aqui.

Abçs!!!!